(2020 - Presente) - 1 Temporada
Para quem pensa que neste blog só cabem avaliações positivas, desengane-se, The One é mesmo uma série a riscar da sua lista de séries a ver (na minha modesta opinião, claro está).
O tema não é o argumento mais inovador de sempre, embora se apresente com alguns contornos que, bem explorados, talvez até pudessem criar uma dinâmica interessante. Não aconteceu.
A série gira em torno de Rebecca Webb, a CEO de uma empresa, a The One, uma tecnológica que garante identificar a sua alma gémea, através da análise do ADN. O sistema indica que existe apenas uma pessoa (ou não) no planeta que faz match com outra e que é através das análises feitas pela The One que se torna possível encontrá-la. Há muita coisa aqui que poderia ser densificada e que tornaria a série muito mais interessante (temos aqui o confronto entre o pré-determinismo e o livre arbítrio que os personagens praticamente nem mencionam, portanto temos claramente um elefante no meio da sala e simplesmente fingimos que não está lá).
A forma ilícita como a empresa opera para levar a cabo este emparelhamento e a sua investigação por parte das autoridades indiretamente através de um crime por resolver é uma das dinâmicas centrais da série que, mesmo, é bastante fraca e poderia ser melhor explorada. As prestações da maioria dos atores são pouco satisfatórias, algumas até mesmo sofríveis em certos momentos, a começar pela protagonista que não agarra o público e não cria empatia. Não sendo eu de todo nacionalista, destacaria a prestação de Albano Jerónimo que esteve bastante acima dos restantes e me pareceu algo deslocado do resto do elenco. O argumento não convence, não é lógico nem coerente em certos momentos, deixando muitas coisas por explicar e isso, em última instância, só poderá ser bom se os guionistas agarrarem na história e lhe derem uma nova abordagem, caso contrário não acredito que dure muito.